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Rússia amplia pressão sobre Ucrânia com aumento de 40% no preço do gás

Estatal cancela desconto acordado em dezembro com Yanukovich antes de sua destituição

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Por Redação
Atualização:

MOSCOU  - A estatal russa de gás natural Gazprom anunciou nesta terça-feira,1, um aumento de mais de 40% no preço do gás vendido para a Ucrânia. A redução no preço do combustível concedida em dezembro ao presidente pró-russo Viktor Yanuovich, derrubado em fevereiro por manifestantes pró-ocidente, também foi cancelada.

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Disputas sobre o preço já levaram no passado a cortes no fornecimento de gás russo para a Ucrânia e a consequentes quedas no fluxo ucraniano para a Europa, mas desta vez o impacto sobre Kiev deve ser minimizado por um pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Ucrânia terá de pagar US$ 385,50 dólares por 1.000 metros cúbicos de gás a partir do segundo trimestre, um aumento em relação ao preço de US$ 268,50 dólares acertado em dezembro.

O presidente executivo da Gazprom, Alexei Miller, disse que o aumento se justifica devido à dívida da Ucrânia de US$ 1,7 bilhão de dólares pelo fornecimento de gás. "Conforme o contrato vigente sobre o fornecimento de gás, seu preço para a Ucrânia será no segundo trimestre de US$ 385,5 por mil metros cúbicos", disse Miller. "A redução de dezembro já não pode ser aplicada devido ao descumprimento do pagamento das dívidas em relação ao fornecimento de gás em 2013, e por falta do pagamento de 100% das provisões correntes."

Apesar do aumento, o consórcio informou que cumprirá o contrato existente desde 2009 sobre o trânsito de gás pela Ucrânia e pagará a partir de hoje 10% a mais para a ex-república soviética. "A partir do segundo trimestre, aumenta em 10% a tarifa do trânsito do gás pelo território ucraniano", afirmou o número 1 da Gazprom, que também garantiu que sua empresa "pagará essa tarifa e cumprirá com todas as suas obrigações derivadas do contrato". / REUTERS e EFE

 

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