Rússia corta abastecimento de gás da Moldávia

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Por Agencia Estado
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A Rússia fechou a bomba de gás que abastece a Moldávia, além da Ucrânia, por falta de acordo sobre os novos preços, e acusou o governo de Kiev de roubar o gás que passa por território ucraniano com destino à União Européia (UE). O presidente da Moldávia, Vladimir Voronin, anunciou que Moscou estendeu as sanções a seu país porque não aceitou os novos "preços de mercado" que os russos impuseram. Voronin, assim como seu colega ucraniano, Viktor Yushchenko, denunciou como políticos os motivos de Moscou para alterar seus preços, e chamou de inaceitável e arbitrário o novo preço de gás cobrado a seu país, o dobro do praticado em 2005, e criou um grupo de operação de segurança energética. "Os US$ 160 por mil metros cúbicos de gás, anunciados pela Gazprom, não é preço de mercado", disse Voronin. Segundo ele, a "Moldávia tinha apresentado suas propostas, baseadas em rigorosos cálculos econômicos, mas a atitude russa revela que sua motivação não é econômica". Da mesma forma que a Ucrânia, à qual Rússia cortou ontem o gás porque o país não aceitou o novo preço de US$ 230, em vez dos US$ 50 anteriores por mil metros cúbicos, a Moldávia admitia a necessidade de se aproximar das tarifas de mercado, mas pedia uma alta mais discreta e um período de transição para evitar o colapso de sua economia. A Moldávia, um dos países mais pobres da Europa, até agora comprava o gás russo a US$ 80 por mil metros cúbicos. Ao contrário de Kiev, Chisinau tinha cedido à Rússia o controle de sua distribuidora nacional, a empresa mista Moldovagas. Ao contrário do que fez com a Ucrânia, Moldávia, Geórgia e os países bálticos, a Rússia manteve o preço de US$ 46,68 por mil metros cúbicos de gás para sua aliada Bielo-Rússia, tomando a mesma atitude em relação à região separatista moldava de Cisdniester, que abriga uma base militar russa.

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