PUBLICIDADE

Rússia denuncia ´excessos´ na Estônia e pede providências

Cerca de 200 pessoas foram detidas e 60 ficaram feridas durante manifestações

Por Agencia Estado
Atualização:

O Governo russo denunciou neste sábado os "excessos" cometidos pela Polícia estoniana durante os protestos em Tallinn após o desmantelamento do monumento ao Soldado Soviético, e pediu reações por parte da União Européia e da Otan. "Dezenas de civis foram vítimas de excessivo uso da força por parte das autoridades estonianas" nas duas últimas noites, declarou o Ministério de Relações Exteriores russo. A Chancelaria denunciou que um cidadão russo, residente permanente na Estônia, morreu durante os "confrontos" em Tallinn após a demolição do monumento aos soldados soviéticos mortos durante a Segunda Guerra Mundial. A Rússia exigiu das autoridades estonianas uma investigação exaustiva do caso e a punição dos culpados. Fontes oficiosas estonianas e a imprensa russa informaram que a vítima morreu apunhalada. A morte pode ter sido resultado de algum dos choques entre os manifestantes de origem russa e os grupos nacionalistas estonianos. "Esperamos que a atitude das autoridades estonianas receba a devida avaliação internacional, em particular por parte dos parceiros da Estônia na União Européia e na Otan, assim como no Conselho da Europa e na OSCE", reivindicou a Chancelaria russa. As autoridades de Tallinn informaram que centenas de jovens de origem russa promoveram desordens e atos de vandalismo na noite passada. A Polícia informou que houve 60 feridos e cerca de 200 detidos entre os manifestantes. O Governo russo considerou "sacrílega e desumana" a desmontagem do monumento em Tallinn e ameaçou adotar sanções econômicas contra o país vizinho. O Senado pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, o rompimento das relações diplomáticas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.