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Rússia destrói hoje suas últimas armas químicas, anuncia Putin

Rússia e Estados Unidos, que acumularam enormes reservas de armas químicas durante a Guerra Fria, haviam-se comprometido a destruí-las antes de abril de 2012

Atualização:

MOSCOU- O presidente Vladimir Putin anunciou que a Rússia destruirá, nesta quarta-feira (27), suas últimas reservas de armas químicas, herdadas da época da Guerra Fria.

"Hoje, as últimas reservas de armas químicas do arsenal russo serão destruídas", declarou Putin, de acordo com as agências de notícias russas, acrescentando que os Estados Unidos "infelizmente, não cumprem suas obrigações" na matéria.

O presidente russo, Vladimir Putin Foto: Reuters

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"É um passo enorme para um mundo mais equilibrado, mais seguro", acrescentou o presidente russo, que falou por videoconferência com os responsáveis pela destruição das últimas reservas situadas em Kizner, na região do Volga.

A destruição diz respeito a 39.967 toneladas de armamento químico, segundo a agência de notícias Interfax.

A Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq) comemorou o anúncio e felicitou a Rússia.

"O encerramento do programa de destruição verificada das armas químicas da Rússia é uma etapa importante, visando a atingir as metas da Convenção sobre Armas Químicas", declarou o diretor-geral da Opaq, Ahmet Üzümcü, em um comunicado.

Rússia e Estados Unidos, que acumularam enormes reservas de armas químicas durante a Guerra Fria, haviam-se comprometido a destruí-las antes de abril de 2012, ao fim da Convenção de 1997 sobre a Proibição das Armas Químicas.

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Depois, anunciaram que não poderiam respeitar o calendário fixado, alegando precisar de mais tempo.

Enquanto a Rússia conclui seu processo agora, os Estados Unidos estabeleceram um novo prazo para 2023.

Cerca de 200 países adotaram a Convenção de 1997, que proíbe a produção, o armazenamento e o uso de armas químicas.

A questão das armas químicas voltou a ganhar destaque, depois que os países ocidentais acusaram o governo sírio de usar gás sarin durante um bombardeio contra a localidade de Khan Sheikhun em julho, no qual 87 pessoas morreram./ AFP

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