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Rússia diz que EUA querem 'quebrar' OMS com corte de financiamento

Representante dos russos afirmou em assembleia que prejudicar a Organização Mundial da Saúde (OMS)

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Por Redação
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GENEBRA - A Rússia criticou nesta terça-feira, 19, o anúncio de os Estados Unidos retirarem o financiamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) em meio à pandemia do novo coronavírus, dizendo que a ação tem como objetivo quebrar a entidade. O presidente dos EUA, Donald Trump, acusa a instituição de ter sido complacente com a China, onde o vírus surgiu, e de ter demorado a agir. 

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"Nos opomos à quebra (da OMS) que obedeceria a interesses políticos e geopolíticos de um só país, os Estados Unidos", disse o vice-ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Riabkov, na Assembleia Mundial da Saúde, que ocorre virtualmente com os Estados-membros da OMS. 

A OMS reiterou que vai continuar liderando a luta global contra o coronavírus e saudou uma resolução da União Européia (UE) exigindo uma avaliação independente da resposta internacional à pandemia e o desempenho da entidade. "Queremos responsabilidade mais do que ninguém", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Nós continuaremos fornecendo liderança estratégica para coordenar o resposta global à pandemia". 

Entidade tem 7 mil funcionários em 150 países Foto: WHO/P. Virot

Quando foi anunciada, a decisão de Trump foi alvo de críticas tanto de aliados quando de rivais. ONU, Rússia, China, União Europeia, especialistas e até o bilionário Bill Gates, segundo homem mais rico do mundo, condenaram a atitude. Ele ameaçou novamente nesta semana cortar permanentemente o orçamento da entidade se não houver "melhorias substanciais nos próximos 30 dias" e disse que reconsideraria a filiação à organização. 

O orçamento total da OMS foi de US$ 5,6 bilhões para o biênio 2018-2019. Os EUA destinaram US$ 893 milhões, entre doações obrigatórias e voluntárias – as últimas, que podem ser retiradas, respondem por US$ 656 milhões. Além das contribuições dos Estados, a organização também recebe doações voluntárias do setor privado.  / Com informações da EFE