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Rússia diz que saída dos EUA de pacto é um 'golpe' para segurança europeia e Otan convoca reunião

Trata-se do terceiro acordo de controle de armas do qual Trump decide retirar o país desde o início de seu governo

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Por Redação
Atualização:

MOSCOU - Em resposta à decisão do governo Trump de retirar os EUA de outro acordo importante de controle de armas - o Tratado de Céus Abertos -, a Rússia afirmou que a saída americana é um golpe para a segurança europeia. Diplomatas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmaram que haverá uma reunião de urgência na sexta-feira, 22, para debater o assunto. 

"A retirada dos EUA desse tratado é também um golpe nos instrumentos militares existentes e nos interesses essenciais de segurança dos aliados dos EUA", disse o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Alexandre Grouchko, citado por agências de notícia locais. 

Trump anuncia à imprensa sua decisão de retirar os EUA do pacto de armas Foto: Mandel Ngan/AFP

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“Não é um tratado bilateral, mas multilateral. E uma decisão tão brusca afetará os interesses de todos os participantes, sem exceção”, disse a autoridade russa. 

De acordo com Grouchko, “nada impediu uma discussão mais aprofundada sobre os problemas técnicos que os Estados Unidos estão apresentando hoje, como, por exemplo, violações da Rússia”, acrescentou o vice-ministro, acusando Washington de ter eliminado um “instrumento que serviu aos interesses de manter a paz e a segurança na Europa nos últimos 20 anos”.

O presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira a retirada dos Estados Unidos do pacto assinado com a Rússia, depois de acusar Moscou de violar os termos. 

"A Rússia não aderiu ao tratado", disse ele a repórteres. "Até que eles se juntem, nos retiramos" do acordo, que permite verificar os movimentos militares e as medidas de controle de armas dos países signatários.

Esse é o terceiro acordo de controle de armas do qual Trump decide retirar o país desde o início de seu governo. O pacto entre as duas potências inclui ainda 32 outros países, quase todos membros da Otan. / NYT e AFP

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