Rússia diz que vai enviar mísseis de defesa aérea à Sìria

Para Moscou, o envio do armamento detém uma intervenção internacional no conflito sírio

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Por Redação
Atualização:

MOSCOU - A Rússia irá fornecer mísseis de defesa aérea de alta tecnologia à Síria e afirma que isso evita a intervenção estrangeira no conflito sírio, que já dura mais de dois anos, disse o vice-ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, nesta terça-feira, 28.

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"Nós pensamos que esta entrega é um fator de estabilização e que tais medidas em muitas maneiras contêm alguns exaltados de explorar cenários em que este conflito poderia receber um caráter internacional, com a participação de forças externas", disse o vice-chanceler em entrevista coletiva.

Ryabkov também acusou a União Europeia de "jogar lenha na fogueira" ao deixar expirar um embargo de armas à Síria. Israel e França pediram à Rússia que desistisse de enviar sistemas de mísseis S-300 de alta precisão ao governo do presidente sírio, Bashar Assad.

As autoridades russas não revelaram se os S-300s já foram realmente enviados à Síria, e Ryabkov não deu detalhes. "Eu não posso confirmar ou negar se estas entregas aconteceram, eu só posso dizer que não vamos renegá-las". "Vemos que esta questão preocupa muito nossos parceiros, mas não temos base para rever a nossa posição nesta matéria."

O ministro da Defesa israelense, Moshe Yaalon, disse nesta terça-feira que os S-300 ainda não tinha deixado a Rússia, contradizendo o chefe da Força Aérea de Israel, que disse na semana passada que os mísseis estavam a caminho da Síria.

A Rússia tem sido o principal aliado do regime sírio, protegendo-o de sanções da Organização das Nações Unidas e fornecendo-lhe armas, apesar da guerra civil já ter causado mais de 70 mil mortes. /

AP e REUTERS

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