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Rússia e China emperram moção da ONU contra Síria

Por AE
Atualização:

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) discutirá hoje uma condenação formal à Síria pela reação violenta do regime do presidente Bashar Assad contra manifestações que exigem reformas democráticas. Ontem, China e Rússia - países com poder de veto no órgão máximo das Nações Unidas - entraram no caminho de americanos e europeus e impediram que fosse adotada uma resolução contra Damasco.O Conselho de Segurança também estuda determinar ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU uma investigação sobre as denúncias de abusos cometidos pelo regime Assad. Ontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi ao conselho dirigir-se diretamente aos seus 15 integrantes em favor tanto da condenação quanto da investigação internacional."Pessoalmente, condeno a continuidade da violência contra manifestantes pacíficos e, particularmente, o uso de tanques e de armas de fogo, que mataram e feriram centenas de pessoas. As autoridades sírias têm a obrigação de proteger os civis e de respeitar seus compromissos internacionais, incluindo os direitos de expressão e de liberdade de reunião", afirmou. "Eu concordo que se faça uma investigação transparente, independente e efetiva."O projeto de condenação à Síria foi apresentado por França, Grã-Bretanha, Portugal e Alemanha e segue, basicamente, o mesmo enunciado da declaração de Ban à imprensa. O tema voltará a ser discutido hoje pelo Conselho de Segurança, desta vez com o relato mais detalhado de autoridades da área de direitos humanos da ONU. Se aprovada, essa primeira censura ao governo de Assad poderá ser seguida por um projeto de sanção, caso a violência contra civis continue. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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