Rússia e EUA assinarão acordo para reduzir estoques de plutônio

Tratado firmado durante cúpula nuclear faz parte de iniciativa para diminuir arsenais nucleares dos dois países

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Atualização:

Reuters

 

WASHINGTON- A Rússia e os Estados Unidos irão assinar um acordo nesta terça-feira, 13, para reduzir os estoques de plutônio, afirmaram nesta segunda oficiais de ambos os países.

 

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A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, irão assinar um protocolo sobre um acordo de 2000 para eliminar o excesso de plutônio nuclearmente potencializado de programas de defesa, de acordo com o Departamento de Estado.

 

Oficiais americanos revelaram que cada país irá se desfazer de 34 toneladas de plutônio ao queimarem as reservas em seus reatores.

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Gary Samore, um conselheiro senior do presidente Barack Obama, afirmou na sexta que o acordo "é muito significante no sentido de que no período de uma década ele irá remover grandes quantidades de materiais que poderiam ser utilizados para construir armas, e também é um tratado que está paralisado há muito tempo". O acordo de 2000 ainda não foi firmado por atrasos nos dois lados.

 

O plano de assinar o tratado durante uma cúpula nuclear realizada hoje e na terça em Washington tem como objetivo reduzir os arsenais declarados dos dois países, após Obama e o presidente russo, Dmitry Medvedev, terem firmado o novo Start.

 

O Start, novo pacto para controle de armas nucleares assinado por Rússia e EUA, reduz apenas o número de alguns tipos de armas - de 2.200 para 1.550 ogivas nucleares ativas em cada país, e de 1.600 para 800 em cada país os veículos para transporte dessas ogivas, como bombas, mísseis e submarinos.

 

O acordo também estabelece mecanismos de verificação, que haviam expirado em dezembro e eram parte do tratado Start anterior. O texto ainda prevê controles em instalações nucleares e intercâmbio de informações. O acordo ficará em vigor por dez anos e poderá ser renovado por no máximo cinco anos. Antes de entrar em vigor, o tratado deve ser ratificado pelos congressos de ambos os países.

 

Medvedev chegou aos Estados Unidos nesta segunda para participar da Conferência sobre Segurança Nuclear organizada por Obama, como parte de seus esforços para manter materiais nucleares longe da mão de terroristas, assim como reduzir seus estoques.

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