Rússia e EUA estabelecem novas regras para adoção de crianças

Em 2010, causou comoção nos países a história de menino de 7 anos que foi devolvido à Rússia por sua mãe adotiva americana.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

EUA e Rússia acordaram nesta quarta-feira novas normas que almejam dar mais segurança às adoções de crianças entre os dois países. No ano passado, causou comoção nos dois países a história de um menino russo de sete anos adotado por uma família americana, que foi colocado em um avião de volta à Rússia, desacompanhado. Ele carregava um bilhete de sua mãe adotiva, que dizia não ter condições de cuidar do filho, alegando que o menino era violento e tinha problemas psicológicos. Depois do incidente, a Rússia ameaçou suspender a adoção de suas crianças por pais americanos. Sob o acordo assinado nesta quarta, as agências de adoção terão de ser aprovadas por Moscou. Isso, segundo autoridades, evitaria que as adoções fossem intermediadas por agências independentes e que a Rússia perdesse o contato com as crianças quando elas partissem rumo aos EUA. Ao mesmo tempo, as autoridades terão de prover aos pais adotivos mais informações sobre o histórico médico e social da criança a ser adotada. O acordo não tem poder retroativo. 'Transparência' Em cerimônia em Washington, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse, ao lado do chanceler russo Sergei Lavrov, que o acordo dará "garantias novas e importantes" para o processo de adoção. "Levamos a sério a segurança das crianças adotadas por pais americanos", afirmou a secretária, agregando que o acordo aumenta "a transparência para todas as partes envolvidas no processo". O número de crianças russas adotadas nos EUA tem caído: foram 1.092 no ano passado, contra 5,8 mil em 2004, segundo a agência Associated Press. Autoridades russas alegam que ao menos 17 crianças de sua nacionalidade morreram após sofrerem com episódios de violência doméstica em lares adotivos nos EUA. A Rússia abriga cerca de 250 mil crianças em seus orfanatos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.