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Rússia envia três navios de desembarque para porto sírio

Segundo agências de notícias de Moscou, cada embarcação teria até 120 fuzileiros navais

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Por Redação
Atualização:

Texto atualizado às 17h00

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MOSCOU - A Rússia teria enviado três navios de desembarque de grande porte com fuzileiros navais a bordo para a base russa no porto sírio de Tartus, no Mar Mediterrâneo, disseram nesta sexta-feira, 3, agências de notícias russas.

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Segundo uma fonte mencionada pelas agências, cada navio poderia ter até 120 fuzileiros navais a bordo. As embarcações, que já estariam no Mediterrâneo, chegariam em Tartus até o final desta semana ou início da próxima. A missão, segundo a fonte, seria "repor suprimentos para manutenção", em uma pequena unidade russa onde trabalham menos de cem pessoas, segundo analistas. 

 Rússia já havia dito anteriormente que pretendia enviar fuzileiros à Síria para o caso de precisar proteger seu pessoal ou retirar equipamentos da instalação naval.

O ministério russo da Defesa não quis comentar a mobilização. Uma fonte do Estado-Maior disse que os navios devem voltar ao porto russo de Novorossiysk depois de passarem vários dias em Tartus.

A Síria é a principal posição para a presença russa no Oriente Médio, e Damasco comprou no ano passado o equivalente a 1 bilhão de dólares em armas da Rússia, ou 8 por cento do total das exportações bélicas de Moscou.

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Moscou é também o mais firme aliado do presidente da Síria, Bashar Assad, que há 17 meses reprime com violência uma rebelião que tenta derrubá-lo. A Rússia tem usado seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para blindar Assad de qualquer resolução que possa resultar em sanções ao regime sírio.

Os russos criticaram o Ocidente pelo fracasso dos esforços diplomáticos encabeçados pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, que renunciou na quinta-feira. Moscou disse lamentar sua saída. "Ele é um mediador honesto, mas há os que o desejam tirar do jogo para desatarem suas mãos para o uso da força. Isso já está claro", disse o vice-chanceler Gennady Gatilov no Twitter.

Com Reuters

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