Rússia garante estar disposta a coordenar suas ações com EUA

Russos voltaram a bombardear posições na Síria e disseram que especialistas vão discutir sobre a implementação de propostas americanas na coordenação dos ataques

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

BEIRUTE - A Rússia realizou nesta quarta-feira, 7, “intensos” bombardeios na Síria e disse que estava disposta a implementar propostas americanas para coordenar seus bombardeios com a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para minimizar os riscos.

“O Ministério de Defesa russo respondeu às demandas do Pentágono e analisou profundamente as propostas americanas sobre a coordenação das operações relacionadas à luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no território sírio”, declarou o porta-voz do Ministério de Defesa russo, o general Igor Konashenkov.

PUBLICIDADE

“Globalmente, essas propostas ser aplicadas”, afirmou o general. “Estamos tentando esclarecer alguns detalhes técnicos do nosso lado que serão discutidos hoje entre os especialistas do Ministério de Defesa russo e os do Pentágono”, destacou.

Pela primeira vez desde que Moscou interveio no conflito sírio na semana passada, as forças terrestres do regime de Bashar Assad tentaram avançar contra os rebeldes, apoiados pelos bombardeios russos.

As forças russas bombardearam ao menos quatro locais na província de Hama e três em Idleb, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A província de Idleb está nas mãos do Exército da Conquista, uma coalizão rebelde composta pelo braço da Al-Qaeda na Síria, a Frente Al-Nusra, que tenta reforçar sua presença em Hama.

De acordo com o Observatório, os bombardeios eram “mais intensos do que de costume”. A organização ainda não divulgou um balanço do número de vítimas.

Publicidade

“Pela primeira vez, os bombardeios foram acompanhados de combates terrestres entre as forças do regime e rebeldes”, ressaltou o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahman. Os conflitos em Hama começaram quando as forças do regime, incluindo milícias pró-governo, atacaram rebeldes enquanto a Rússia bombardeava, explicou Rahman.

Segundo Moscou, aviões russos bombardearam na noite de terça-feira 12 posições do Estado Islâmico próximos à cidade de Deir Ezzor e às províncias de Damasco, Idleb e Latakia.

No entanto, o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu, afirmou que “somente dois dos 57 ataques aéreos russos foram contra o EI” e os outros contra a oposição moderada na Síria, apoiada pela Turquia e pelos EUA. Ele ressaltou ainda que a Turquia não fará “concessões” sobre as violações de seu espaço aéreo na fronteira síria por caças russos. /AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.