28 de junho de 2012 | 10h21
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, reiterou que as potências mundiais que se reunirão em Genebra no sábado, 30, para conversações sobre a Síria devem se concentrar em persuadir os grupos oposicionistas a diminuírem suas exigências.
Lavrov também negou a afirmação de um alto oficial norte-americano de que a Rússia estaria entre os países que apoiam uma proposta para que um novo governo sírio supervisione a elaboração de uma nova Constituição e, eventualmente, convoque eleições.
"Nós não apoiamos e não apoiaremos nenhuma intervenção externa", disse o ministro. Para Lavrov, as potências não devem dizer a Damasco o que fazer, mas sim tentar convencer "todos os lados envolvidos a parar com a violência".
As esperanças dos diplomatas são de que a Rússia, o principal aliado da Síria e seu maior fornecedor de armas, concorde com um plano que acabaria com a dinastia da família Assad, que comanda o país há mais de quatro décadas. Mas a Rússia, que está entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, ao lado da China, França, Grã-Bretanha e Estados Unidos, alertou que fará oposição firme à qualquer documento que sugira a renúncia de Assad.
Moscou também tem rejeitado esforços externos para o fim do sangrento conflito na Síria, que já teria causado mais de 15,8 mil mortes, segundo os dados mais recentes de ativistas, ou para a mudança do regime em Damasco, insistindo que qualquer plano futuro deve partir inteiramente da Síria.
Durante coletiva de imprensa em Riga, capital da Letônia, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse hoje que "ficou bem claro pelos convites que foram feitos...que as pessoas iriam (para a reunião em Genebra) levando em consideração o plano de transição que (Annan) apresentou".
Hillary, que seguirá para a Rússia, disse que discutirá a questão com Lavrov em São Petersburgo nesta sexta-feira e que "está ansiosa para participar no sábado do encontro organizado por Annan em Genebra". As informações são da Associated Press.
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