11 de outubro de 2012 | 12h36
A data do encontro foi mudada para 3 de dezembro, relatou uma fonte do gabinete do primeiro-ministro turco, mas o porta-voz de Putin disse que a data "é apenas uma das possibilidade em análise para a visita à Turquia".
A Rússia é um dos principais aliados do governo do presidente Bashar Assad, mas essa posição até agora não havia provocado nenhum problema com a Turquia.
A aeronave interceptada seguia para a Síria, procedente de Moscou, e foi forçada a pousar na quarta-feira. A imprensa turca noticiou que o avião transportava aparatos de comunicação militar, como rádios, antenas e "e equipamentos suspeitos de serem partes de mísseis".
A Síria acusou Ancara de "comportamento hostil e repreensivo" e afirmou que o caso é "mais um sinal das políticas hostis do governo de Erdogan, que abriga rebeldes e bombardeia o território sírio", afirmou o Ministério de Relações Exteriores do país, referindo-se ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
O avião da Syrian Arab Airlines levava 37 pessoas e continuou a viagem para Damasco após algumas horas, mas sem a carga. O ministro de Informações da Síria acusou a Turquia de "pirataria aérea". Já o chefe da companhia dona do avião afirmou que autoridades turcas "agrediram a tripulação antes de permitir a decolagem".
A Rússia exigiu explicações sobre o incidente e o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Alexander Lukashevich, disse que o país preocupa-se que "a vida e a segurança dos passageiros, entre eles 17 cidadãos russos, tenham sido colocadas em perigo".
A hostilidade entre Síria e Turquia vem aumentando nos últimos dias, com trocas de disparos de artilharia e morteiros na fronteira entre as duas. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
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