O governo russo rejeitou nesta quinta-feira a participação de um consórcio formado por companhias norueguesas e holandesas para a recuperação do submarino nuclear Kursk, informou uma das empresas. Segundo a rede de televisão russa ORT, citando o vice-primeiro-ministro Ilya Klebanov, o contrato será concedido a uma terceira companhia, que ainda não foi identificada. As razões para tal decisão ainda são desconhecidas. A Rússia vem afirmando que içará o Kursk ainda neste verão (boreal) para retirar os corpos dos marinheiros mortos e estudar as causas do acidente ocorrido em agosto do ano passado no Mar de Barents. Todos os 118 tripulantes do submarino morreram. O custo da operação está orçado em cerca de US$ 80 milhões. Por outro lado, alguns familiares das vítimas se opõem à operação, afirmando que os corpos deveriam permanecer submersos obedecendo a uma tradição naval. Ambientalistas também rejeitam a idéia, temendo que o reator nuclear do navio quebre e libere radiação. Por vários meses, o governo russo negociou com o consórcio, representado por companhias ocidentais. Segundo a agência de notícias russa Interfax, a decisão desta quinta foi considerada uma surpresa por Lars Walder, gerente-corporativo da Smit Tak, uma companhia de resgate holandesa que fazia parte do consórcio. De acordo com ele, até os detalhes técnicos da operação já haviam sido discutidos.