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Saddam condiciona cooperação a texto da ONU

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Iraque, Saddam Hussein, disse que seu país vai decidir sobre a cooperação com os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) quando uma nova resolução do Conselho de Segurança for aprovada, informa a tevê iraquiana. "O Iraque vai examinar se irá cooperar com uma resolução depois que esta for emitida pelo Conselho de Segurança", informou a tevê estatal iraquiana, citando as palavras de Saddam durante um encontro com o político austríaco de extrema direita Joerg Haider. As declarações de Saddam indicam uma certa boa vontade em considerar as exigências de qualquer nova resolução da ONU - algo que as autoridades iraquianas haviam descartado inicialmente. No domingo, o ministro de Relações Exteriores do Iraque, Naji Sabri, sugeriu que Bagdá rejeitaria a resolução proposta pelos Estados Unidos sobre a inspeção de armas da ONU, classificando-a como "uma resolução norte-americana do mal". "Essa resolução é rejeitada pela comunidade internacional e jamais será aceita por ninguém", disse o ministro iraquiano. Saddam também repetiu promessas antigas de resistir no caso de um ataque dos EUA. "O Iraque vai se defender se for atacado pelos Estados Unidos", disse a tevê iraquiana, citando mais uma declaração de Saddam. A resolução proposta pelos EUA fortalece as inspeções de armas da ONU, declara o Iraque em "rompimento material" com suas obrigações para destruir armas de destruição em massa e ameaça com "sérias conseqüências" - prováveis ações militares - caso Bagdá falhe em cooperar com os inspetores. Rússia, França e China argumentam que os EUA podem usar a resolução para lançar um ataque contra o Iraque sem precisar de uma aprovação, em separado, do Conselho de Segurança. Esses países querem que a possibilidade de uso da força seja considerada numa segunda resolução e apenas se o Iraque obstruir as inspeções. Espera-se que os membros do Conselho de Segurança submetam um texto revisado da resolução esta semana.

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