Saddam desafia EUA e diz que seu país está apto a se defender

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Por Agencia Estado
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Para marcar os 12 anos do início da Guerra do Golfo, o presidente do Iraque, Saddam Hussein, fez hoje um novo discurso de desafio aos EUA e com exortações aos iraquianos para enfrentarem um ataque americano. "Bagdá, seu povo e seus líderes estão determinados para forçar os mongóis da nossa era a cometer suicídio às nossas portas. Estamos determinados e organizados para derrotar os agressores. Todo mundo que tentar escalar seus muros cairá", declarou o líder, sem dar nenhum sinal de estar se preparando para renunciar, como indicam jornais no Ocidente e no mundo árabe. Ele também se manteve firme na afirmação de que o país não possui mais armas de destruição em massa. No pronunciamento de 40 minutos, na TV, Saddam ressaltou a mobilização do povo iraquiano contra a ameaça de um ataque e mandou um recado ao presidente americano, George W. Bush, ao qual se refere como Hulagu - o neto de Gengis Khan, que destruiu Bagdá em 1258. "Oh! mal, interrompa suas ações malignas contra a mãe da civilização, o berço e local de nascimento de profetas e mensageiros." Ele voltou a acusar os judeus e seus partidários de terem tido um papel "notavelmente malicioso" contra Bagdá no passado e no presente e recordou a Guerra do Golfo como vencida pelo Iraque. "A determinação dos iraquianos nunca esmoreceu. Eles derrotaram todas as tropas do mal de mais de 30 países juntos." As repetidas referências a Bagdá foram interpretadas por analistas militares como um indício de que Saddam planeja concentrar suas tropas na capital para uma decisiva batalha. A cidade foi bombardeada em janeiro de 1991 por uma coalizão internacional liderada pelos EUA. A guerra foi lançada porque o Iraque invadiu o Kuwait em agosto de 1990, por divergências sobre áreas de exploração de petróleo.

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