Saddam diz que EUA declararam guerra contra árabes

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Por Agencia Estado
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Os Estados Unidos estão usando os ataques em Nova York e Washington como um pretexto para atingir velhos alvos, afirmou o presidente iraquiano, Saddam Hussein, em uma "carta aberta ao povo americano". Segundo Saddam, o "rancor" levou Washington a assumir que o "Islã, os árabes e os muçulmanos são inimigos dos Estados Unidos". De acordo com a agência oficial de notícias iraquiana, a mensagem também foi endereçada a outros cidadãos do Ocidente e seus governos. Esta foi a segunda carta aberta de Saddam sobre os ataques de 11 de setembro. A primeira afirmava ao povo americano que "seu sofrimento deveria abrir seus olhos para a dor que vocês causaram a outros", particularmente aos iraquianos e palestinos. Os Estados Unidos identificaram o dissidente saudita Osama Bin Laden como suspeito número um nos ataques terroristas. Os líderes norte-americanos agora estão tentando construir um apoio internacional para o que se supõe será uma resposta armada ao terrorismo. "Os Estados Unidos fizeram a acusação antes de verificar, antes mesmo de contar com uma mínima evidência sobre tal acusação", afirmou Saddam, acrescentando que a acusação norte-americana fora realmente direcionada "para todos os muçulmanos do mundo". O Iraque é um dos sete países acusados pelos Estados Unidos de promoverem o terrorismo. Segundo os termos de Washington, a nação que estiver na lista está sujeita a retaliações. De acordo com o líder iraquiano, Washington deveria olhar para si mesmo quando decide identificar Estados que fomentam o terrorismo. "Os Estados Unidos poderiam dizer para os seus cidadãos quantas organizações que lutam contra o próprio país existem em solo americano?", questiona Saddam na carta, que também acusa os judeus de "trabalharem visando um conflito entre islâmicos e cristãos".

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