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Saleh completa 33 anos no poder e protestos continuam no Iêmen

Ao menos seis pessoas morreram em novos enfrentamentos ocorridos na capital do país

Atualização:

Marcha de manifestantes iemenitas em Sanaa.

 

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SANAA - Pelo menos seis pessoas morreram nesta segunda-feira, 18, durante confrontos entre manifestantes e as forças do governo em Sanaa, capital do Iêmen, disseram fontes da oposição. Os enfrentamentos foram os primeiros na principal cidade iemenita desde que o presidente Ali Abdullah Saleh foi à Arábia Saudita depois de sofrer graves ferimentos em um ataque conta o palácio presidencial.

 

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A capital continua ocupada por militantes islâmicos. As forças do governo tentam retomar o controle de Sanaa há três dias e afirmaram nesta segunda ter matado mais de 20 combatentes supostamente ligados à rede terrorista da Al-Qaeda.

 

 

As marchas, que pedem o fim do regime de Saleh, que completa 33 anos à frente do país, um dos mais pobres do Oriente Médio, foram retomadas. De acordo com as fontes da oposição, as forças do governo e até civis dispararam contra os manifestantes.

 

Também nesta segunda, Saleh fez um apelo por um "diálogo pacífico", ao dizer que essa é maneira de encontrar uma saída para a longa crise política do país. As declarações estão no editorial do jornal Al-Thawra, publicado no dia em que Saleh comemora sua chegada ao poder, em 1978.

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"Nunca deixamos de enfatizar a necessidade de um diálogo pacífico para encontrar uma solução para todos esses problemas", escreveu Saleh. "Novamente, convido todas as forças políticas a voltarem à razão e responderem de maneira favorável ao chamado ao diálogo feito pelo vice-presidente Abdrabuh Mansur Hadi, para acabar com a crise política".

 

Desde o começo deste ano, manifestantes questionam em enormes manifestações o regime de Saleh e pedem a renúncia do presidente. Mais de 150 pessoas foram mortas pelas forças do governo.

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