Veja também: "Entrego a liberdade, a segurança, o povo e o país a mãos seguras", disse Saleh, de 69 anos, em seu discurso antes de dar a Hadi uma bandeira iemenita para simbolizar a transferência do poder.Saleh, que pôs fim a mais de três décadas no poder após um ano de protestos populares no país, expressou sua tristeza pelos sofrimentos "desnecessários" que os iemenitas passaram nos últimos meses.Hadi manifestou seu compromisso com a aplicação do plano de transição do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que possibilitou uma transferência pacífica do poder no Iêmen.A iniciativa do CCG estabelece que o novo chefe de Estado lidere o país por um período de dois anos, durante o qual a Constituição deverá ser modificada e realizadas eleições gerais."Espero cumprir com todos os artigos da iniciativa do Golfo e que nos reunamos após dois anos nesta sala para receber o novo presidente", afirmou Hadi, que ocupava o cargo de vice-presidente desde 1994.Embora tenha reconhecido que o poder seja uma grande responsabilidade, Hadi disse que a vai assumir porque é o povo quem lhe deu, e insistiu em recuperar a segurança e a estabilidade do Iêmen."A segurança e a estabilidade são a base do desenvolvimento. A crise que o Iêmen atravessou e que ainda atravessa é complicada e difícil, e precisa da cooperação de todos os dignatários do país, da nova liderança e do Governo de união nacional durante os próximos dois anos", ressaltou.Participaram do ato, que durou meia hora, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, e embaixadores de países europeus e da região.
MAPA: A revolta que abalou o Oriente Médio
OLHAR SOBRE O MUNDO: Imagens da revolução
ESPECIAL: Um ano de Primavera Árabe