
10 de março de 2016 | 08h42
WASHINGTON - O senador por Vermont e pré-candidato do Partido Democrata à presidência dos EUA, Bernie Sanders, criticou com firmeza na quarta-feira as intromissões passadas do governo de seu país na política latino-americana, e citou como exemplos os casos de Cuba, Nicarágua, Guatemala e Chile.
"Não acredito que seja uma função do governo dos EUA derrubar pequenos governos por todo o mundo", lamentou Sanders durante o debate organizado conjuntamente pela emissora hispânica Univisión e o jornal The Washington Post, realizado em Miami, na Flórida.
"Os EUA fizeram mal quando tentaram invadir Cuba. Os EUA fizeram mal tentando derrubar o governo (sandinista) da Nicarágua, e o mesmo na Guatemala", criticou o senador, que também se referiu ao envolvimento americano no golpe de Estado que colocou um fim no governo de Salvador Allende no Chile.
"Ao contrário de Hillary Clinton (sua rival pela indicação do partido), eu sempre fui contra mudanças de regime (forçadas pelos EUA) em Cuba, Nicarágua, Iraque, onde quer que fosse", afirmou Sanders.
O pré-candidato democrata explicou que viajou à Nicarágua nos anos 1980 e que se opôs aos "esforços" do governo de Ronald Reagan para "derrubar o governo" sandinista, assim como havia se posicionado contra o ex-secretário de Estado Henry Kissinger por sua intervenção no Chile de Allende. /EFE
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