PUBLICIDADE

Sarkozy ameaça tirar França de pacto de livre circulação

Em discurso de campanha de reeleição, presidente francês cobrou da União Europeia endurecimento da política de imigração

Atualização:

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, deu um ultimato à União Europeia para que revise o Tratado de Schengen e limite a livre circulação de pessoas em suas fronteiras. Discursando durante um comício em sua campanha pela reeleição, Sarkozy afirmou que a França vai se retirar do tratado de Schengen caso a política de imigração europeia não seja endurecida."Quero uma Europa que proteja seus cidadãos", disse Sarkozy durante o comício. "Numa época de crise econômica, se a Europa não selecionar aqueles que podem atravessar suas fronteiras, ela não será mais capaz de financiar seu Estado de seguridade social. Precisamos de uma disciplina comum para controles de fronteira. Não podemos deixar a administração dos fluxos de migração para tecnocratas e tribunais", acrescentou o presidente.Atrás do socialista François Hollande nas pesquisas de intenção de voto, o conservador Sarkozy endureceu seu discurso contra imigrantes no começo deste mês, na tentativa de obter apoio dos eleitores tradicionais da Frente nacional, de extrema direita.O Tratado de Schengen aboliu os controles de passaporte para as pessoas que transitam entre os países participantes; eles incluem todos os 27 países membros da União Europeia, exceto Reino Unido e Irlanda, e dois países europeus que não são membros da UE, Suíça e Islândia.Pesquisa do instituto Opinion Way/Fiducial feita entre 5 e 7 de março e divulgada na última quinta-feira entre eleitores prováveis indica que 29% dos entrevistados votariam em Hollande se a eleição fosse agora, enquanto 26% votariam em Sarkozy; num eventual segundo turno, Holande bateria Sarkozy por 56% a 44%. O primeiro turno da eleição presidencial francesa está marcado para 22 de abril; caso nenhum dos candidatos obtenha maioria absoluta, haverá um segundo turno em 6 de maio. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.