Sarkozy confirma morte de francês sequestrado pela Al-Qaeda

Michel Germaneau trabalhava em projetos humanitários; Sarkozy diz que crime não ficará impune.

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Por BBC Brasil
Atualização:

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, confirmou nesta segunda-feira a morte de Michel Germaneau, um engenheiro francês aposentado de 78 anos sequestrado em abril por supostos militantes da Al-Qaeda no Níger, país no norte da África. Germaneau estava envolvido em projetos humanitários na região e foi sequestrado enquanto trabalhava no projeto de uma escola. Sarkozy afirmou que o crime, que chamou de "odioso", não ficará impune e marcou um encontro para esta segunda-feira com outros membros do governo para discutir o assunto. "Eu condeno este ato bárbaro, que tirou a vida de uma vítima inocente dedicada a ajudar a população local", disse o presidente francês. Sarkozy também pediu que os cidadãos franceses evitem viagens a partes do Mali, da Mauritânia e do Níger. Represália Segundo comunicado atribuído ao líder da Al-Qaeda no norte da África, Abdelmalek Droukdel, transmitido pela rede de TV árabe Al-Jazeera, Germeneau foi morto em represália a um ataque a um dos campos da organização no Mali, realizado por forças da Mauritânia com apoio técnico e logístico da França. "Sarkozy não só falhou na libertação de seu compatriota com essa operação fracassada como também abriu a porta do inferno para si e seu povo", afirmou a voz na gravação transmitida pela Al-Jazeera no domingo. No dia 14 de maio, os sequestradores haviam divulgado uma foto mostrando Germaneau bastante abatido e também fitas em que o refém pedia a Sarkozy que trabalhasse por sua libertação. Nas gravações, o francês afirmava ter um sério problema cardíaco, estar sem remédios e sofrendo bastante com o calor. Por meio de um nota, o Ministério da Defesa francês alega que a Al-Qaeda havia se recusado a dar provas de que o engenheiro estivesse vivo. Também diz que a organização se negava a negociar sua libertação. O Ministério também diz que o ataque no Mali "pôde neutralizar o grupo de terroristas e prevenir a realização de um ataque planejado contra alvos da Mauritânia". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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