PARIS - O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, depõe pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira, 21, sob custódia, pela suspeita de ter recebido dinheiro do ex-líder da Líbia, Muamar Kadafi, na campanha eleitoral de 2007.
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Os veículos de imprensa presentes em frente à Polícia Judicial de Nanterre afirmaram que Sarkozy, que voltou à noite para sua casa para dormir, chegou ao local antes das 8h (4h em Brasília) para iniciar uma nova sessão de interrogatórios.
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A polícia, que o convocou na véspera pela primeira vez, tem até 48 horas para fazer o interrogatório antes de decidir se deve apresentá-lo ao juiz para uma eventual acusação, se o deixa em liberdade ou se o convoca novamente.
Esta é a primeira vez que o ex-chefe do Estado fala sobre a base de documentos provenientes do regime de Kadafi, em cuja queda em 2011 a França participou ativamente com uma intervenção militar.
Também prestou depoimento na terça-feira, mas com um estatuto livre, o ex-ministro do Interior Brice Hortefeux, que considera que "os detalhes apresentados devem permitir encerrar uma sucessão de erros e mentiras", disse ele no Twitter.
A razão de uma convocação agora, quatro anos depois da abertura da investigação judicial e 11 anos após os acontecimentos, está ligada aos elementos compilados pelos investigadores, em particular os depoimentos de ex-líderes líbios. / EFE