20 de outubro de 2010 | 10h13
As 12 refinarias do país pararam sua produção esta semana. A medida é parte de uma onda de protestos nacionais em várias áreas contra a reforma previdenciária defendida pelo governo, cuja intenção, entre outros pontos, é elevar a idade mínima para a aposentadoria de 60 para 62 anos a fim de reduzir o déficit orçamentário francês.
Os problemas com a falta de combustível ocorrem apesar de a França ter reservas para várias semanas. Os distribuidores têm ainda a opção de importar o produto de outras nações, porém o setor tem sido prejudicado pelos bloqueios realizados pelos manifestantes nos depósitos. Eles também bloquearam oleodutos que levam combustível para aeronaves aos aeroportos de Paris por várias horas, na semana passada. Caminhoneiros em greve ontem também dificultaram o transporte dos derivados de petróleo.
A polícia francesa já começou a retirar hoje os manifestantes que bloqueavam os depósitos de combustível, informou a France Presse. "Para voltar à situação normal nós precisamos de quatro ou cinco dias", disse o ministro de Transportes, Dominique Bussereau. Conforme os caminhões entreguem combustível nos depósitos desbloqueados, a situação deve começar a melhorar nas próximas horas, previu ele.
Há o risco de haver novos confrontos entre policiais e manifestantes. Ontem, vários manifestantes, entre eles muitos jovens, entraram em choque com a polícia. Segundo o Ministério da Educação, pelo menos 379 escolas secundárias foram bloqueadas ontem pelos estudantes. Foi o maior número de escolas fechadas por estudantes em protesto em um só dia, desde que o movimento estudantil aderiu à greve na semana passada. As informações são da Dow Jones.
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