Sarkozy orça em ? 30 bilhões o seu programa de governo

Enquete encomendada por revistas francesas dão vantagem ao conservador

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Por Agencia Estado
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O candidato conservador à Presidência da França, Nicolas Sarkozy, calculou em ? 30 bilhões o custo de seu programa de governo de cinco anos, que vai defender nas eleições de abril. Deste montante, a metade corresponde a uma redução de impostos. Em entrevista que publicada nesta quarta-feira, 14, na revista Les Echos, Sarkozy afirma que o número corresponde ao custo nos cinco anos de legislatura e se mostra partidário de "gastar mais em investimentos que em assistência". O ministro do Interior e presidente do partido UMP aponta que um valor gasto em pesquisa e inovação não é o mesmo que o empregado na "criação de novos direitos sem contrapartida". "De um lado está o investimento, e do outro a assistência", disse o candidato conservador. Para ele, o programa de sua principal adversária, a socialista Ségolène Royal, "se baseia nos valores da assistência e igualamento". O projeto de Sarkozy é mudar o destino de cerca de 5% dos ? 590 bilhões de gasto público francês. Uma das verbas afetadas pode ser a ajuda vinculada à manutenção da carga horária semanal de 35 horas de trabalho, estabelecida durante o Governo do socialista Lionel Jospin (1997-2002). O valor retirado dessa ajuda "poderia ir para as empresas que criam emprego e têm uma política salarial ativa", segundo o ministro. Além disso, caso ganhe as eleições, ele promete uma reorganização do Ministério da Economia, que ficaria com a gestão das contas públicas. Um Departamento de Produção seria criado para fixar uma estratégia de globalização. Outro jornal econômico francês, "La Tribune", diz em sua edição de hoje que, segundo um estudo do Instituto da Empresa, o programa eleitoral de Sarkozy custaria pouco menos de ? 50 bilhões. O de Ségolène Royal ficaria um pouco acima. Royal apresentou no domingo, 11, cem medidas que se compromete a aplicar se dor eleita presidente da República. O programa tem um forte conteúdo social. Enquetes encomendadas pelas revistas Le Point e Paris Match a dão a vitória no segundo turno a Sarkozy, por uma diferença entre seis e oito pontos.

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