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Sarkozy reúne-se hoje com Obama

Em visita a Washington, presidente francês tenta aproximar agendas dos dois países em temas como o Irã

Por Andrei Netto , CORRESPONDENTE e PARIS
Atualização:

Abalado por derrotas eleitorais no plano interno e pela pior taxa de popularidade de seu governo - em torno de 30% -, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, realiza hoje sua primeira visita oficial à Casa Branca sob a gestão de Barack Obama. Com o encontro, o Palácio do Eliseu tenta aproximar as agendas da França e da União Europeia à dos EUA em temas como o programa nuclear do Irã e a reforma do sistema financeiro internacional.Embora seja tido como o presidente francês mais afinado com Washington, Sarkozy tem manifestado frequentes divergências em relação a Obama. Ontem, em seu primeiro dia em solo americano, o francês tratou de demonstrar sua admiração pela cultura local, mas também de pedir mais multilateralismo."O que eu amo no modelo americano é justamente o reconhecimento do trabalho e do mérito", afirmou a universitários, ponderando depois: "O mundo precisa de uma América aberta, de uma América generosa, de uma América que mostre o caminho, de uma América que escute."Sarkozy faz nos EUA uma ofensiva para aproximar os dois países, em especial em temas como a oposição ao programa nuclear iraniano, o combate ao terrorismo e a guerra no Afeganistão - na qual as maiores potências europeias estão engajadas."Nós continuaremos ao lado de vocês, americanos, porque a luta contra os terroristas diz respeito a todos, e não simplesmente aos americanos." Mas, além de demonstrar disposição para trabalhar em conjunto, pediu reciprocidade em temas como o aumento da regulação financeira. "Não podemos aceitar um sistema capitalista no qual não há regras. Precisamos que o grande povo americano compreenda que a ausência de regras mata a liberdade."Além do interesse político, a imprensa europeia considera o ponto alto da visita o jantar oficial entre os dois presidentes, que terá a presença das primeiras-damas da França, Carla Bruni, e dos EUA, Michelle Obama.

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