PUBLICIDADE

Sauditas culpam Al-Qaeda por atentado em Riad

Por Agencia Estado
Atualização:

A Arábia Saudita responsabilizou hoje a rede extremista Al-Qaeda, liderada pelo milionário saudita no exílio Osama bin Laden, pelo atentado da madrugada de domingo contra um complexo residencial que deixou pelo menos 17 mortos e 122 feridos, entre os quais diversos sauditas, libaneses, americanos, sudaneses e egípcios. Há crianças entre os feridos. Até a noite de hoje, pelo menos 25 pessoas haviam sido liberadas pelos médicos depois de serem tratadas por escoriações pequenas. "Vamos capturar os responsáveis por isso leve o tempo que levar", prometeu o ministro do Interior, príncipe Nayef. O atentado ocorreu a menos de um quilômetro da casa dele e de outros membros da família real. Dois extremistas, disfarçados de guardas de segurança sauditas e dirigindo um veículo policial roubado, burlaram facilmente a vigilância e entraram no condomínio residencial de Muhaya, zona oeste da capital, habitado por sauditas e estrangeiros (alguns deles, funcionários de embaixadas e consulados). Os invasores detonaram uma poderosa carga de explosivos instalada no veículo depois de diversos disparos de arma de fogo. Um assessor do ministro do Interior insistiu em que as características do atentado suicida não deixam dúvidas quanto a seus mentores e executores: "É mais uma obra da Al-Qaeda." O ataque foi precedido de alertas sobre a existência de planos para atentados extremistas em Riad e outros pontos da Arábia Saudita, lançados pelos Estados Unidos, que, no dia anterior, fecharam temporariamente sua embaixada na capital saudita. Pátria de Bin Laden, a Arábia Saudita vem sendo alvo de freqüentes atentados extremistas. Em maio, um tríplice ataque suicida contra um complexo residencial da capital saudita, também atribuído à Al-Qaeda, matou 35 pessoas, entre as quais nove militantes suicidas. Desde então, as autoridades sauditas empenharam-se numa campanha contra supostos militantes do grupo no país e efetuaram várias prisões. A escalada de atos extremistas, temem analistas de economia, pode vir a afetar as exportações de petróleo da Arábia Saudita, maior produtor mundial, com sérios reflexos sobre a economia ocidental.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.