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Sauditas sofreram tortura em Guantánamo, diz advogado

Por Agencia Estado
Atualização:

Cinco sauditas que ficaram detidos em Guantánamo alegam ter sido torturados na instalação militar mantida pelos EUA em Cuba, disse um advogado saudita. As acusações dos sauditas reforçam alegações feitas por britânicos libertados de Guantánamo, que disseram ter sofrido abusos na prisão. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a única entidade com permissão de acesso aos prisioneiros de Guantánamo, afirmou que inspecionará as dependências da prisão e entrevistará alguns presos no fim deste mês. Os cinco sauditas que foram libertados de Guantánamo e retornaram às suas casas em maio de 2003 "confirmaram que foram objeto de tortura e maus-tratos quando foram detidos, primeiramente no Afeganistão e, mais tarde, durante interrogatórios em Guantánamo", afirmou à Associated Press Kateb al-Shemmari, um advogado que representava os sauditas, durante uma série de telefonemas e entrevistas por fax durante a semana passada. Al-Shemmari, falando por telefone de Riad, capital saudita, disse que os cinco homens ofereceram poucos detalhes, mas que um deles afirmou ter sido forçado a olhar para uma mulher nua, atitude considerada humilhante para os muçulmanos. O advogado primeiramente afirmou que não poderia colocar a AP em contato com os cinco sauditas. Mais tarde, ele disse que não representava mais os cinco e que eles estavam detidos em uma prisão da Arábia Saudita, mas não informou por quanto tempo nem sob quais circunstâncias. Os nomes não foram revelados.

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