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Scotland Yard diz não ter provas de que vigia morto teria disparado

Morte de Mark Duggan em Tottenham detonou revoltas que já duram quatro dias em Londres

Atualização:

LONDRES - Um órgão independente da polícia londrina que investiga a morte de um homem na cidade afirmou nesta terça-feira, 9, que não há evidências de que a vítima, um vigia de 29 anos, tenha disparado contra policiais. O episódio detonou os violentos protestos na capital britânica.

 

 

De acordo com a Comissão Independente de Queixas Policiais (IPCC, na sigla em inglês), os testes balísticos apontam que "não há evidências de que a arma encontrada no local tenha sido acionada no incidente". Relatos iniciais davam conta de que Mark Duggan, o vigia, teria disparado contra policiais, o que motivou os oficiais a atirar de volta.

 

Dois disparos

 

Ainda segundo os testes realizados pela IPCC, Duggan foi alvejado depois de dois disparos feitos pelos policiais. Os resultados ainda confirmam que a bala encontrada em um rádio policial deixado no local veio de uma arma das forças de segurança.

 

Os legistas da Scotland Yard haviam dito à IPCC que, segundo seus testes, não era possível afirmar se disparos haviam sido feitos ou não com a arma encontrada perto de Duggan.

 

Milhares de jovens se mobilizaram para protestar contra a morte do vigia, que ocorreu em Tottenham, no norte de Londres, e iniciaram manifestações na noite do sábado. Desde então, a situação tem se agravado e a revolta ganhou caráter violento, se espalhando pela cidade. Segundo o governo, gangues se uniram aos manifestantes e a ocorrência de saques e incêndios tornou-se frequente.

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A polícia já prendeu mais de 500 pessoas devido aos distúrbios, que também ocorreram em outras cidades britânicas. As autoridades ainda anunciaram que reforçaram o policiamento na capital para dispersar novas manifestações.

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