12 de fevereiro de 2015 | 16h56
CARACAS - O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse nesta quinta-feira, 12, que o Exército do país considera intocável qualquer manifestação pacífica e sem armas, mas deixou claro que a Guarda Nacional Bolivariana reprimirá protestos nos mesmos moldes dos que ocorreram há um ano nas principais cidades do país.
"A Força Pública não confrontará manifestações pacíficas, que são constitucionais. Qualquer um pode sair na rua com seus cartazes", disse Padrino à agência Efe. "Um ano depois dos protestos, podemos ver que se pretendeu usar a imagem da juventude, uma fachada de protesto estudantil, e ficou provado que não era bem assim.
Há duas semanas, o governo autorizou o uso de munição real na repressão a protestos, o que provocou críticas de entidades de defesa dos direitos humanos e da oposição. A medida, segundo o ministro, serviu para regularizar a ação da polícia e o uso dessas armas ocorreria em casos muito específicos. "Nosso objetivo é regular a ação da força armada para garantir a ordem", declarou.
Ainda de acordo com o general, os protestos do ano passado mostraram que nenhum grupo político venezuelano saiu ganhando com a violência nas ruas. "Ninguém ganhou nada, nem os partidos opositores, nem o povo venezuelano, nem o governo", acrescentou.
O ministro ressaltou também que das 43 mortes ocorridas no ano passada, apenas uma foi atribuída a membros da Guarda Nacional Bolivariana. "Os dois suspeitos estão sendo processados e no momento estão presos", afirmou./ EFE
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