Secretário de Defesa dos EUA reclama de orçamento

Segundo chefe do Pentágono, novas missões na Líbia e no Japão consomem verba dos militares

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Atualização:

Gates e Mullen falam ao Senado americano.

 

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WASHINGTON - O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, se queixou no Congresso americano por causa de um impasse no orçamento que faz o Pentágono operar com limites estreitos de gastos, no momento em que os militares do país acabaram de entrar em novas iniciativas na Líbia e no Japão.

 

"Nós estamos com um problema sério no orçamento", disse Gates nesta quinta-feira, 31, ao Comitê de Serviços Armados do Senado. "Francamente, preciso da ajuda do Congresso. O Departamento de Defesa precisa da ajuda do Congresso. Se nós vamos fazer todas essas coisas, precisamos do dinheiro para fazê-las", completou. Gates estava acompanhado do chefe de Estado-Maior dos EUA, o almirante Mike Mullen.

 

Os comentários de Gates foram feitos em uma audiência na qual os senadores pressionaram o secretário sobre os planos da administração Obama, se o coronel Muamar Kadafi permanecer no poder na Líbia ou se não permanecer. Gates reiterou que é contra enviar tropas terrestres americanas à Líbia e minimizou as chances de que as forças da coalizão usem tropas terrestres para estabilizar a situação no país.

 

Gates também se referiu à presença de 18 mil militares americanos e 19 navios que no momento ajudam o Japão a socorrer populações na região devastada pelo terremoto e o tsunami, dizendo que "existem custos associados a isso e nós também precisamos lidar com eles".

 

Pressionado sobre onde encontrará o dinheiro, Gates replicou a um senador: "Eu vou ter que fazer uma troca interna". Ele acrescentou mais tarde que existem US$ 4 bilhões que não foram pedidos nos projetos de gastos da Defesa que estão no momento em negociação, e "é para lá que eu vou olhar antes".

 

Em fevereiro, Gates disse que o Pentágono poderia passar 2012 com um orçamento menor que o previsto pelo presidente Barack Obama, mas afirmou que essa quantia não pode ser inferior a US$ 540 bilhões. Posteriormente, o governo confirmou que o valor ficaria em US$ 553 bilhões.

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