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Secretário dos EUA vai a Pequim e pede moderação

Chefe da Defesa, Leon Panetta explicará a chineses sistema de radar para proteger Japão de mísseis

Por Denise Chrispim Marin , CORRESPONDENTE e WASHINGTON
Atualização:

Com a autodesignação de "mediador de conflitos" entre China e Japão, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, desembarcou ontem em Pequim trazendo de Tóquio pelo menos um documento pouco amistoso na pasta - o acordo para construir mais um sistema de radar antimísseis no sul japonês. Na parada anterior, Panetta havia assegurado que o objetivo do projeto é proteger o Japão de eventuais ataques da Coreia do Norte. A China não pensa assim."O propósito disso é melhorar a nossa capacidade de defender o Japão e também ajudar o deslocamento de forças dos EUA", insistiu Panetta, ao lado do ministro japonês de Defesa, Satoshi Morimoto.Em entrevista para o National Security Channel, da revista Foreign Policy, Panetta afirmou estar no Oriente para apelar à China e ao Japão por uma solução mais pacífica possível "para suas disputas sobre o controle de ilhas do Mar da China". Em especial, os EUA esperam conter o risco de a China reagir unilateralmente e envolvê-la em um mecanismo multilateral de resolução dessa controvérsia - algo de que a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês) ainda não dispõe."É óbvio que estamos preocupados com os protestos e com os conflitos em torno das Ilhas Senkaku", afirmou o secretário, usando o nome em japonês do arquipélago.Do Japão, Panetta levou o compromisso do ministro de Relações Exteriores, Koichiro Gemba, de que o caso será tratado com a "cabeça fria". Na China, Panetta terá um encontro amanhã com o futuro presidente, Xi Jinping - que esteve ausente de atividades públicas nas últimas duas semanas, fato que levantou rumores sobre sua saúde.

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