Secretário-geral da OEA pede ajuda humanitária para 7 milhões de pessoas na Venezuela

Crítico ferrenho de Maduro, Luis Almagro disse que situação do país é 'insustentável'

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

PANAMÁ - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o uruguaio Luis Almagro, pediu nesta terça-feira, 18, ajuda humanitária para "7 milhões de pessoas em risco de fome" na Venezuela, onde, segundo ele, governa uma ditadura.

PUBLICIDADE

"A primeira coisa a fazer para a Venezuela é dar ajuda humanitária às 7 milhões de pessoas em risco de fome. É definitivamente uma situação muito forte para a região e, para o país, insustentável", disse Almagro.

Segundo a ONU, cerca de quatro milhões de venezuelanos deixaram seu país para outros lugares no mundo desde o final de 2015, em um dos maiores fluxos migratórios do planeta, fugindo da fome, falta de trabalho e escassez de alimentos. 

A grande maioria atravessa a fronteira através de Pacaraima, no Brasil, ou Cúcuta, na Colômbia, em busca de melhores condições de vida.

Na capital venezuelana, Caracas, é cada vez maior a quantidade de pessoas que revira os sacos de lixo nos bairros mais ricos para procurar restos de alimentos Foto: AFP PHOTO / Federico PARRA

"Seria tremendo ter que me perguntar sobre as condições da ditadura venezuelana, dos 5 milhões de migrantes e dos 7 milhões em risco de fome; dos milhares de torturados; dos parentes dos 14.000 presos políticos que estiveram nesses nos últimos anos na Venezuela, em um sistema de portas quebradas", lamentou o secretário-geral.

Almagro, que deu uma palestra sobre democracia na capital panamenha na terça-feira, disse que os sistemas políticos da região testemunharam como "a questão venezuelana se transformou em uma campanha eleitoral".

Almagro, que é um crítico feroz do governo de Nicolás Maduro na Venezuela, foi eleito em 2015 e aspira à reeleição, apoiada por países como os Estados Unidos.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.