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Sede da Copa, Catar vira líder em notificações de coronavírus 

Governo não adota isolamento e país vira recordista mundial em casos per capita

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Por Redação
Atualização:

DOHA - O número de casos confirmados de coronavírus no Catar passou nesta segunda-feira, 6, de 100 mil. O país que será sede da Copa do Mundo de 2022 é hoje o mais infectado do mundo em quantidade de casos per capita: 35,7 mil por um milhão de habitantes. Apenas 12% da população de 2,8 milhões é de catarianos e, como em outros países ricos do Golfo Pérsico, registra um aumento da covid-19 entre os trabalhadores imigrantes que vivem em bairros superpovoados. 

No dia 15 de junho, o governo do Catar, que não impôs lockdown, iniciou a primeira fase de levantamento de restrições. A segunda etapa começou no dia 1.º, permitindo a reabertura de restaurantes, praias e parques. No dia 25, o comitê organizador da Copa do Mundo anunciou a primeira morte por covid-19 entre trabalhadores envolvidos na construção de instalações para o torneio. Ao todo, 1.102 casos de coronavírus foram registrados entre os operários que trabalham em obras do Mundial. 

Homens em trajes tradicionais no tradicional mercado de Souq Waqif, Doha, e depois o local quase vazio em meio ao aumento dos casos de coronavírus no país Foto: Reuters

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Três dos cinco país proporcionalmente mais infectados do mundo estão no Golfo Pérsico. Além do Catar, o Bahrein tem 17,5 mil casos por cada milhão de habitantes e o Kuwait tem 11,8 mil casos confirmados por cada um milhão de habitantes – o Brasil tem cerca de 7,6 mil casos por cada um milhão de habitantes. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que o Oriente Médio enfrenta uma situação crítica em razão do relaxamento das restrições de movimento, que coloca em risco o controle da pandemia. De acordo com a OMS, há mais de 1 milhão de casos de covid-19 em 22 países da região. 

Mais de 80% de todas as mortes estão concentradas em cinco países: Egito, Irã, Paquistão e Arábia Saudita. “Estamos em um ponto crítico”, afirmou Ahmed al-Mandhari, chefe da OMS no Oriente Médio. “O número de casos registrados apenas em junho é mais alto que o total de casos durante os quatro primeiros meses, desde a confirmação do primeiro paciente, em 29 de janeiro.” / AFP

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