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Segundo manifestante xiita morre no Bahrein e oposição boicota Parlamento

Protestos contra monarquia pedem mais liberdades e direitos civis; no Iêmen, protestos continuam

Por AE
Atualização:

DUBAI -

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Forças de segurança do Bahrein mataram a tiros nesta terça-feira, 15, um manifestante xiita nas proximidades de um hospital em Manama, onde o corpo de um outro manifestante, morto no dia anterior, era mantido, disse um membro da oposição à agência France Presse. O parlamentar xiita Khalil al-Marzooq afirmou, por telefone, que o homem morto hoje é Fadel Salman Matrouk. Segundo o deputado, Matrouk foi atingido perto do Hospital Suleimaneya, "onde as pessoas estavam reunidas para o funeral do primeiro mártir".

 

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O primeiro morto foi identificado como Msheyman Ali, ferido quando a polícia do Bahrein dispersava a multidão durante um protesto, ontem, contra o governo em uma vila a leste de Manama. Ali acabou morrendo no hospital, funcionários disseram posteriormente.Ocorreram ontem os primeiros grandes protestos no Bahrein contra a monarquia. São registrados no país insular do Golfo Pérsico manifestações em apoio aos egípcios e tunisianos e por mais liberdades e direitos civis, além de melhorias econômicas. A maioria da população, muçulmana xiita (70%), sente-se discriminada pela minoria sunita que governa o pequeno país. Além da morte registrada ontem, 25 pessoas ficaram feridas durante os protestos desta segunda-feira. As autoridades prometeram reduzir os controles do Estado sobre os meios de comunicação. Na semana passada, o rei Hamad bin Isa Al Khalifa concedeu a cada família do país o equivalente a US$ 2.700, em uma tentativa de aplacar os protestos.

 

IêmenNo Iêmen, milhares de pessoas protestam pelo quarto dia consecutivo, pedindo reformas políticas e o fim do governo do presidente Ali Abdullah Saleh, segundo o site da rede Al Jazeera. Saleh está no poder no país desde 1990, mas desde 1978 já era presidente do Iêmen do Norte, antes da união das partes norte e sul para formar o atual Iêmen.A rede de televisão do Catar afirma que cerca de três mil pessoas protestam na capital, Sanaa, contra o governo. Houve confrontos com a polícia e pelo menos três pessoas estão feridas em Sanaa, afirma a Al Jazeera. Na cidade de Taaz, no sul iemenita, pelo menos 12 pessoas se feriram em confrontos com as forças de segurança, que usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. As informações são da Dow Jones.

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