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Segundo Mossad, Irã terá bomba nuclear entre 2009 e 2010

Chefe da agência israelense acrescentou que as propostas de paz da Síria não devem ser levadas a sério, pois o país não está preparado para retomar negociações

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe da agência de espionagem israelense Mossad, Meir Dagan, disse nesta segunda-feira, 18, que o Irã terá armas nucleares entre 2009 e 2010, informou o site israelense Haaretz. Dagan afirmou que o Irã desde junho vem se esforçando para enriquecer urânio e aspira ter em 2007 outras 3 mil centrífugas, que serão instaladas em bunkers. Ele acrescentou que não há a necessidade de se levar a sério qualquer proposta de paz da Síria com o Estado judeu. "Toda vez que o (presidente sírio Bashar) Assad está sob pressões internacionais, ele vem com uma conversa sobre sua prontidão em manter uma negociação de paz conosco." Para o líder da Mossad, a Síria não está preparada para retornar à mesa de negociações com Israel. "Realmente não vejo a Síria se oferecendo para retomar as negociações com Israel. Eles têm seus comentários oficiais, mas não fizeram nenhuma tentativa de aproximação com os Estados Unidos e Europa para tentar avançar com o processo político." Golã O embaixador do Irã em Damasco, Hassan Akhtari, disse em uma entrevista publicada nesta segunda-feira que a "devolução das Colinas de Golã (para a Síria) é também uma meta iraniana". "A devolução pacífica das Colinas de Golã está na agenda desde o mandato do ex-presidente (da Síria) Hafez Assad. A devolução de Golã não é um objetivo exclusivo da Síria, é também uma meta iraniana", acrescentou. O enviado iraniano disse que as relações entre Damasco e Teerã são "excelentes e estratégicas", mas ressaltou que as duas nações não fizeram um pacto oficial. Ele acrescentou que o Irã não está preocupado com a intenção de a Síria estreitar suas relações com a Europa, pois Teerã está confiante que sua união com a Síria não deverão sofrer nenhum abalo. Segundo fontes diplomáticas em Jerusalém, a decisão do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, de rejeitar os pedidos sírios de conversações foi baseada em relatórios da inteligência que afirmam que a Síria continuará com seus laços com o Hezbollah e o Irã, mesmo se Israel devolver as Colinas de Golã.

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