Segundo relatório, uma em cada cinco pessoas sofreu assédio sexual no Parlamento britânico

Documento aponta também que 39% dos entrevistados descreveram casos de assédio não-sexual ou bullying, e pede um novo procedimento para realizar queixas

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Por Redação
Atualização:

LONDRES - Quase uma em cada cinco pessoas que trabalham no Parlamento britânico foi assediada sexualmente ou testemunhou comportamento inadequado no último ano, apontou um relatório encomendado após uma série de escândalos sexuais em Westminster.

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“Este é um grande passo para promover a mudança de cultura que o Parlamento precisa”,disse Andrea Leadsom Foto: REUTERS/UK Parliament via Reuters TV

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O relatório, publicado nesta quinta-feira, 8, pede um novo procedimento para a realização de queixas, além de uma mudança radical na cultura que pode impedir algumas pessoas de questionar seus chefes, e sugere formas de punição para os que forem considerados culpados de assediar seus funcionários.

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“Este é um grande dia para o Parlamento e nossas políticas”, disse Andrea Leadsom, líder da Câmara Baixa do Parlamento. “O novo procedimento independente demonstrará que queremos ser o melhor Parlamento do mundo quanto a tratar todos que trabalham aqui com dignidade e respeito”, afirmou ela. “Este é um grande passo para promover a mudança de cultura que o Parlamento precisa.”

Em 2017, o Parlamento se tornou uma de várias instituições envolvidas em um escândalo de assédio sexual depois que alegações de abuso feitas contra o produtor de cinema americano Harvey Weinstein levaram homens e mulheres a compartilhar histórias sobre comportamentos inadequados.

Dois ministros britânicos perderam o cargo, e tanto membros da legenda governista quanto do opositor Partido Trabalhista foram investigados em razão de alegações de comportamento inadequado.

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O relatório indicou que 39% das 1.377 pessoas entrevistadas descreveram casos de assédio não-sexual ou bullying no último ano, e 19% relataram “experiências de assédio sexual, inclusive testemunhar comportamento sexualmente inadequado”. As mulheres denunciaram o dobro das ocorrências registradas pelos homens. / REUTERS

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