Segurança de escola da Flórida morreu tentando proteger uma das estudantes do atirador

O também assistente de técnico de futebol americano Aaron Feis teria se colocado entre uma aluna e Nikolas Cruz, autor do ataque; para time do colégio, ele ‘morreu como herói’

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Por Redação
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PARKLAND, EUA - Aaron Feis, segurança e assistente de técnico de futebol americano no colégio Marjory Stoneman Douglas em Parkland, na Flórida, está entre as 17 pessoas que foram mortas durante a ação do jovem Nikolas Cruz, de 19 anos. O ex-aluno dessa mesma escola abriu fogo contra os estudantes na quarta-feira 14.

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O ex-aluno Nikolas Cruzabriu fogo contra estudantes da escolaMarjory Stoneman Douglas e matou 17 pessoas Foto: AP Photo/Wilfredo Lee

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O time anunciou a morte de Feis no Twitter na manhã desta quinta-feira, 15. “É com grande tristeza que nossa família do futebol soube da morte de Aaron Feis. Ele era nosso assistente de técnico e segurança. De forma altruísta, ele estava protegendo os estudantes do atirador quando foi baleado. Morreu como herói e estará sempre em nossos corações e em nossa memória”, diz a publicação.

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O técnico de futebol americano da escola, Willis May, disse ao jornal Orlando Sentinel que soube que Feis se colocou entre uma estudante e o atirador, empurrando-a por uma porta para deixá-la fora de perigo.

Feis também trabalhava como segurança do local e estava nessa função quando os disparos começaram. “Feis, na qualidade de segurança do colégio, respondeu ao primeiro chamado feito pelo rádio dos seguranças do local. Alguém perguntou se o barulho ouvido era fogos de artifício, segundo May, que também tinha um rádio”, informou o jornal. “Ouvi Aaron dizer: ‘Não, não são fogos’. Foi a última vez que soube dele, contou May”.

O técnico descreveu o colega como um ótimo assistente e ressaltou o “excelente trabalho” que ele fez com a equipe. “Trabalhava duro. Um homem bom. Amava sua família. Amava seu irmão.”

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De acordo com o site da biografia do time de futebol americano da escola, Feis se formou em 1999 e tinha um papel central na equipe. Ele voltou ao colégio em 2002 e se tornou técnico do time infantil. Depois de um tempo, coordenou os jogadores que tentavam uma vaga em times universitários. Ele deixa uma mulher e uma filha. / The Washington Post

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