O primeiro-ministro do Timor Leste e prêmio Nobel da Paz em 1996, José Ramos Horta, disse nesta quinta-feira em Díli que a segurança constitui a principal ameaça nacional em 2007 e opinou que será preciso pelo menos um ano para superar o problema. "A união nacional é uma maneira para solucionar a atual situação política e de segurança. Por isso, o povo do Timor Leste deve se unificar e deixar para trás a falsa propaganda de Loromonu (oeste) e Lorosae (este)", manifestou o governante. A nação estabelecida em 20 de maio de 2002 deve convocar eleições gerais este ano, exercício democrático que requer um clima de segurança e liberdade. Ramos Horta assumiu a chefia do governo em julho para substituir Mari Alkatiri, que se demitiu no meio de uma grave crise provocada por uma espiral de violência que causou 30 mortos e 150.000 refugiados e cuja origem foi a expulsão por insubordinação de 591 militares que pediam melhoras trabalhistas. Em agosto, o Conselho de Segurança da ONU criou a Missão Integrada no Timor Leste (Unmit, na sigla em inglês) para ajudar os timorenses a restabelecer a ordem, e a dotou com 1.608 policiais e 34 militares. O primeiro-ministro timorense apontou nesta quinta-feira que este ano o Estado, um dos mais pobres do mudo, investirá US$ 100 milhões mensais da exploração das reservas petrolíferas no Mar do Timor, um dinheiro do qual disse, "carecerá de sentido se não estamos unidos".