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Seguranças criam pânico em vôo da Delta Airlines

Por Agencia Estado
Atualização:

A menos de duas semanas do primeiro aniversário dos atentados de 11 de setembro em Nova York e Washington, os 183 passageiros de um vôo da Delta Airlines entre Atlanta e Filadélfia tiveram no sábado 30 minutos de nervos à flor da pele. Por causa de um passageiro que criava problemas, os dois agentes federais que viajavam armados e à paisana protegendo o vôo - uma providência estendida a praticamente todos os vôos comerciais, nos EUA, desde os dias que se seguiram aos atentados - entraram em ação. Enquanto um deles dominava o encrenqueiro, o outro encostou as costas na cabine do piloto e apontou sua pistola em direção aos demais passageiros. "Se ele disparasse a arma, mesmo que por acidente, ia matar ou ferir alguém", contou, ainda assustado, o passageiro David Johnson, de 51 anos, à Associated Press. A Delta não quis comentar o incidente, noticiado hoje com base nos relatos de passageiros, mas o porta-voz da agência federal de segurança nos transportes, David Steigman, defendeu prontamente a atitude dos agentes: "Eles lidaram da maneira adequada com um passageiro que agia de maneira estranha e espalhafatosa." O passageiro "problemático", cuja identidade não foi revelada pelas autoridades, foi submetido por um dos agentes e depois levado para a primeira classe, onde permaneceu o resto do vôo sob vigilância. Logo após o pouso do avião na Filadélfia (Costa Leste) e o desembarque dos demais passageiros, o "encrenqueiro" - cujo "comportamento inadequado" não chegou a ser descrito em detalhes - foi liberado sem acusações formais. David Johnson e sua mulher, Susan - um casal do Alabama que assistiu a todo o incidente -, contaram que repararam no suspeito conversando com uma passageira da fileira de trás da sua, cerca de uma hora depois da decolagem. Não muito tempo depois, os agentes federais entraram em ação. "O agente (que apontou o revólver) manteve os passageiros daquele setor do avião como reféns", comentou hoje um juiz de pequenas causas da Filadélfia, James Lineberger. "Ele ficou de costas para a cabine da tripulação com sua arma apontada em direção à cauda do aparelho, com todos sob sua mira."

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