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Seis presos durante Congresso do Partido Comunista

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos seis pessoas foram presas hoje pela polícia chinesa depois de terem realizado um protesto diante do Palácio da Assembléia do Povo, onde está sendo realizado o 16º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC). Entre os presos, segundo testemunhas, estão duas mulheres. Alguns dos detidos foram vistos quando tentavam entregar um texto, aparentemente uma petição, aos agentes da polícia, que depois os prenderam. As prisões ocorreram na Praça da Paz Celestial (Tiananmen), a poucas dezenas de metros da entrada do edifício. O motivo do protesto não foi esclarecido. A Praça da Paz Celestial está sendo controlada por centenas de policiais e na sexta-feira, dia da abertura do congresso, havia a versão de que separatistas de Zinjiang, a região ocidental da China de maioria muçulmana, pretendiam realizar uma manifestação de protesto. Um dia após o presidente chinês, Jiang Zemin, delinear o que será o futuro para a China, os mais de 2 mil delegados do PCC iniciaram hoje sua tarefa mais importante: a de eleger os membros do Comitê Central do partido. O comitê, que conta atualmente com 193 membros, deverá, por sua vez, eleger o Politburo do partido e seu círculo mais íntimo o todo-poderoso Comitê Permanente. Todos, com exceção de um dos sete integrantes atuais deste comitê, deverão ser trocados. O Comitê Central deverá também nomear um sucessor de Jiang, que deixará o cargo de secretário-geral do partido - o mais poderoso da China - no fim do congresso. O provável sucessor é o vice-presidente Hu Jintao. Igualmente se espera que Jiang renuncie à presidência em março depois de assegurar seu legado, ao convidar empresários da indústria privada para integrar o partido. Em seu discurso de abertura, na sexta-feira, Jiang disse que "a democracia deve ser profunda", mas ele advertiu que o sistema político chinês conservará suas "características específicas" e não se adequará "nunca" aos modelos ocidentais.

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