Senado americano confirma ex-CEO da Exxon como secretário de Estado

Relações do empresário com o Kremlin motivaram preocupações entre republicanos no processo de aprovação

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WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta quarta-feira, 1º, em votação bastante apertada, o empresário Rex Tillerson, ex-CEO da Exxon Mobil, como próximo secretário de Estado no governo de Donald Trump.

O ex-CEO da Exxonmobil foi escolhido por Trump para o principal cargo da diplomacia americana Foto: AP Photo/Evan Vucci

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Tillerson assumirá o comando da diplomacia americana em um momento delicado para o país, depois da tensão iniciada com o México após a confirmação da construção do muro na fronteira, as suspeitas que levantou Trump na União Europeia e a difícil situação no Oriente Médio.

Com 56 votos a favor e 43 contra, Tillerson obteve o consentimento do Senado, após vencer na votação anterior da Comissão de Relações Exteriores, onde seus vínculos com a Rússia o colocaram sob pressão.

Nessa comissão, os senadores republicanos John McCain, Lindsay Graham e Marco Rubio expressaram preocupações sobre as posições de Trump em relação a Moscou e as comprovadas relações do ex-diretor-executivo da ExxonMobil com o Kremlin, mas finalmente apoiaram sua candidatura.

Graham considerou "desconcertante" o fato de Putin ter outorgado a Tillerson a Ordem da Amizade do Kremlin em 2013, enquanto o senador John McCain disse, em alusão ao empresário, que não entendia "como alguém poderia ser amigo de um antigo agente da KGB", em referência ao líder russo, Vladimir Putin.

Apesar das afirmações de Trump abrindo a porta para melhores relações com a Rússia, Tillerson surpreendeu durante a sabatina de confirmação no Senado quem esperava elogios a Moscou, e optou por mudar o tom e não aumentar os ânimos entre senadores alarmados pela suposta interferência russa nas eleições americanas.

"Embora a Rússia busque respeito e relevância no cenário mundial, suas recentes atividades não respeitaram os interesses dos Estados Unidos", afirmou Tillerson ao longo das oito horas em que permaneceu na Comissão de Relações Exteriores do Senado. / EFE

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