
05 de abril de 2021 | 19h46
SANTIAGO - O Senado do Chile aprovou nesta segunda-feira, 5, o adiamento por cinco semanas das eleições municipais, regionais e dos delegados que vão redigir a nova Constituição, marcadas para este fim de semana, devido ao aumento dos casos de coronavírus. O adiamento definitivo ainda depende de uma sanção final nos deputados.
Após a proposta de adiamento anunciada pelo presidente Sebastián Piñera há uma semana, o projeto foi aprovado no Congresso por um processo mais complexo do que o esperado em razão da pressão exercida pela oposição política para aumentar a ajuda social para enfrentar a pandemia.
Cinco dias antes das eleições, o Senado aprovou o projeto após debater simultaneamente um novo pacote de ajuda econômica, mas introduziu algumas modificações em relação ao que havia sido previamente aprovado na Câmara dos Deputados, que deve rever em breve o projeto.
O ponto de maior polêmica é a possibilidade de os prefeitos titulares - suspensos de seus cargos no decorrer da campanha - voltarem aos cargos por duas semanas.
Aqueles que aspiram à reeleição buscam voltar a exercer suas funções, mas para seus detratores isso abre a oportunidade de continuar fazendo campanha enquanto para seus oponentes está suspensa.
“Estamos adiando as eleições justamente por uma situação excepcional em matéria de saúde por conta da pandemia e o lógico é que prefeitos de todas as cores políticas possam retornar aos seus cargos”, disse a senadora da oposição Carolina Goic.
O projeto de lei estabelece que as eleições ocorram nos dias 15 e 16 de maio e congela a propaganda eleitoral até o dia 28 de abril.
Ao anunciar o projeto de adiamento das eleições, o presidente Piñera afirmou que a prioridade era "a saúde de todos os habitantes do Chile", que enfrenta um forte aumento das infecções por coronavírus, que ocorre em paralelo a um rápido avanço do processo de vacinação.
Os contágios, com registros diários de mais de 8 mil casos - maior do que na primeira onda - mantêm as unidades de terapia intensiva com uma ocupação de 95%./AFP
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