Senado discute 3º mandato de Uribe

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Por EFE e AP E AFP
Atualização:

O terceiro mandato do atual presidente colombiano, Álvaro Uribe, estava mais perto de tornar-se realidade na noite de ontem, quando o Senado - de maioria governista - começou a discutir a convocação de um referendo sobre o direito de o presidente governar por três mandatos consecutivos. Se aprovado no Senado - onde o governo diz ter 62 dos 102 votos da Casa -, o projeto de lei seguirá na semana que vem para a Câmara dos Deputados e, se aprovado, dependerá apenas da autorização da Corte Constitucional de Justiça da Colômbia. Sendo aprovada nas três instâncias, a nova lei poderá valer já nas eleições de maio de 2010, abrindo caminho para que Uribe concorra a um terceiro mandato. A fixação das datas da consulta deverá ser feita pela Justiça Eleitoral do país. O presidente colombiano está há sete anos no poder. Ele foi eleito em 2003 para um mandato de quatro anos. Uribe reformou a Constituição para permitir que ele mesmo concorresse à reeleição e iniciou seu segundo mandato em 2007. Se a lei for aprovada e ele vencer as eleições, ele poderá ficar, ao todo, 12 anos no poder. O único caso semelhante ao de Uribe na América Latina é o do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que está há dez anos na presidência, exercendo seu terceiro mandato seguido. No caso da Venezuela, contudo, o direito de o presidente concorrer a reeleições consecutivas é ilimitado. Há meses, Uribe faz mistério sobre seu interesse em governar por mais um turno. Até o momento, ele diz apenas que deseja a "reeleição" de suas políticas, como a chamada "segurança democrática". SUBSTITUTO Horas antes do início dos debates na Câmara, o ex-ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, reuniu-se com Uribe na capital Bogotá e anunciou, mais uma vez, sua intenção de candidatar-se à presidência. "Eu disse ao presidente, uma vez mais, que se houver referendo, houver reeleição e ele quiser lançar-se, conta com meu total e absoluto apoio. No momento em que ele, por algum motivo, decidir não se apresentar, então, eu serei candidato a suceder-lhe", disse Santos. O ex-ministro também se ofereceu para colaborar na articulação política para aprovar no Congresso o referendo que possibilitará uma nova reeleição para Uribe.

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