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Senado dos EUA aprova projeto de lei que dificulta fim de prisão em Guantánamo

Segundo a proposta, criticada pela Casa Branca, forças da Ucrânia deverão ser armadas

Atualização:

WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei de política de defesa de US$ 612 bilhões, muito criticado pelo governo, que exige o armamento das forças da Ucrânia, previne o fechamento de bases do Exército e dificulta para o presidente Barack Obama o fechamento da prisão na Baía de Guantánamo, em Cuba, onde estão detidos suspeitos de terrorismo. O Senado conseguiu a aprovação da lei com o voto de 71 senadores. Vinte e cinco se opuseram.

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O senador do Partido Republicano, John McCain, presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, pediu aos colegas que deixassem de lado as opiniões divergentes em relação aos gastos do governo e aprovassem a medida, que autoriza o uso de verbas que Obama havia direcionado para o Pentágono e outros programas de segurança nacional. McCain afirmou que o mundo está mais perigoso do que em 2011, quando começaram os cortes de gastos na área de segurança. "O Oriente Médio está literalmente pegando fogo", disse, acrescentando que qualquer senador que rejeita apoiar a medida por questões de disputa orçamentária está com as prioridades invertidas.

O projeto de lei, que agora precisa ser ajustado, prevê um aumento de 2,3% nos salários dos soldados americanos Também inclui medidas para garantir uma melhor prestação de contas e coibir o excesso de custos, além de reafirmar a proibição de métodos de tortura contra os prisioneiros.

O governo é contra a medida, pois, segundo o secretário de Defesa, Ash Carter, ignora a necessidade de alocar recursos para o desenvolvimento de programas de armamento e maneja mal o orçamento.

O governo também não apoia o projeto de lei, pois dificulta a transferência dos 116 presos na Baía de Guantánamo. Já no seu primeiro mandato o presidente prometeu o fechamento da prisão. Além disso, a medida força Obama a prover assistência crucial para as forças da Ucrânia, que lutam contra os separatistas apoiados pela Rússia, algo que o governo até agora não fez. / Associated Press

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