30 de novembro de 2012 | 13h42
WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos decidiu, em votação, que cidadãos norte-americanos suspeitos de terrorismo e detidos no país não podem ser presos por prazo indefinido, levantando um novo debate sobre liberdades civis e os poderes do presidente como comandante-chefe.
Ignorando a ameaça de veto da Casa Branca, uma coalizão de liberais democratas e republicanos libertários se apoiou em uma emenda da lei, que aponta que o governo não pode deter um cidadão dos EUA ou residente legal por tempo indeterminado sem acusação ou julgamento, mesmo sob autorização de força militar ou declaração de guerra.
A aprovação bipartidária de quinta-feira configura uma luta com a Câmara dos Representantes, que rejeitou em maio os esforços para impedir esse tipo de detenção.
A lei atual nega os direitos de julgamento dos suspeitos de terrorismo, incluindo cidadãos norte-americanos detidos dentro das fronteiras do país, e os sujeita à possibilidade de prisão por tempo indefinido.
Guantánamo
Os legisladores também aprovaram uma emenda que poderá evitar a transferência de detentos presos em Guantánamo, Cuba, para prisões nos Estados Unidos. O gabinete do governo ameaça vetar o projeto de lei, pois é contra a cláusula que restringe a autoridade do presidente em transferir suspeitos de terrorismo de Cuba para países estrangeiros.
Com AP
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