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Senadora tem carisma político e independência

Por Patrícia Campos Mello
Atualização:

Com 18 milhões de votos, a senadora Hillary Clinton foi a mulher que chegou mais perto da indicação do Partido Democrata para concorrer à presidência dos EUA. Após a derrota nas primárias, se aceitar o cargo, ela assumirá o mais alto posto da diplomacia americana no governo de seu antigo rival, o presidente eleito Barack Obama. A escolha de Hillary para secretária de Estado surpreendeu muitos partidários de Obama, pois uma das áreas em que os dois mais discordavam era política externa. Obama foi contra a invasão do Iraque desde o início, enquanto Hillary votou a favor. Obama chegou a dizer, ironicamente, que a experiência de Hillary em assuntos externos se restringia a "tomar chá com embaixadores" quando ela era primeira-dama. Ela respondia dizendo que ele era "ingênuo". Para Hillary, a secretaria de Estado vem em boa hora. Ela conseguiu grande destaque político com a disputa das primárias, mas no Senado, ela estava de mãos atadas. Em uma instituição que preza a idade e a experiência, ela não conseguiria um lugar de destaque em nenhuma das comissões. RESPEITO Para Obama, trazer Hillary para o governo neutraliza a força dos Clintons em uma eventual oposição. Carismática e respeitada, tanto no exterior quanto pelos funcionários mais antigos do Pentágono, ela seria a única com cacife político suficiente para pôr em prática a inovadora política externa de Obama.

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