
18 de maio de 2015 | 17h30
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que vai acompanhar de perto o processo de apelação contra as sentenças de morte e defendeu ações que promovam o estado de direito.
O Departamento de Estado americano afirmou que a prática do Egito de realizar julgamentos coletivos é injusta e muitas vezes usada contra membros da oposição ou ativistas não violentos.
"Estamos profundamente preocupados com mais uma sentença de morte coletiva proferida por um tribunal egípcio para mais de 100 réus, incluindo o ex-presidente Morsi", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Jeff Rathke, a jornalistas em Washington.
Um tribunal egípcio pediu no domingo a pena de morte para Morsi e 106 apoiadores da Irmandade Muçulmana, por ligação com uma fuga em grupo da prisão em 2011. A defesa de Morsi poderá recorrer da sentença, que ainda deve ser submetida ao mufti, autoridade máxima religiosa do país. A decisão definitiva deve sair em 2 de junho.
Em Ancara, o porta-voz presidencial da Turquia, Ibrahim Kalin, advertiu que o Oriente Médio entrará em turbulência se o Egito cumprir as sentenças de morte. Ele acrescentou que as sentenças são "uma violação da justiça" e pediu à comunidade internacional que rejeite com firmeza as condenações.
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