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Separatistas catalães apresentam resolução para declarar independência

Projeto chega ao Parlamento ao mesmo tempo em que no Senado espanhol são votadas as medidas legais propostas pelo governo central para impedir secessão

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Por Redação
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MADRI - Os partidos separatistas apresentaram nesta sexta-feira, 27, uma resolução ao plenário do Parlamento da Catalunha pela qual desejam declarar a independência da região, sob a ameaça de intervenção por parte do governo central espanhol, informou o porta-voz da coalizão de governo.

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"Declaramos a Catalunha como Estado independente em forma de República", afirma a introdução da proposta de resolução apresentada pelos independentistas, com maioria absoluta na Câmara regional, destacou o porta-voz.

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Moção foi apresentada por parlamentares do partido Junts Pel Sí e da legenda Candidatura da Unidade Popular (CUP) que, juntos, têm maioria na assembleia regional catalã Foto: AP Photo/Santi Palacios

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A moção foi apresentada por parlamentares do partido Junts Pel Sí e da legenda Candidatura da Unidade Popular (CUP) que, juntos, têm maioria na assembleia regional catalã. A previsão é que o projeto seja submetido à votação ainda nesta manhã, sem a participação dos partidos unionistas.

Os grupos independentistas argumentam que assim pretendem "assumir o mandato do povo expressado no plebiscito" de independência realizado no dia 1.º de outubro, declarado ilegal por Madri. Cerca de 90% dos eleitores que foram às urnas votaram a favor da secessão. O índice de participação foi de 43%.

O projeto dos independentistas catalães chega ao Parlamento regional ao mesmo tempo em que no Senado espanhol são votadas as medidas legais propostas pelo governo central para impedir a secessão.

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Entre essas medidas estão a remoção de todo o governo catalão, a redução de competências do Parlamento regional e a convocação de eleições regionais em menos de seis meses.

Na quinta-feira, diversos políticos tentaram mediar para que o líder catalão, Carles Puigdemont, anunciasse a convocação de eleições e evitasse a efetividade de tais medidas, mas não tiveram sucesso. / REUTERS, AFP e EFE

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